domingo, 7 de fevereiro de 2016

História: Oolacile, Artorias e Manus, o Pai do Abismo

Onde há vida, há morte. Onde há o bem, há o mal. Onde há luz, há trevas. E há muito tempo, em um remoto povoado conhecido por Oolacile, a treva chegara. E foi Kaathe, a mesma serpente que afundou Nova Londo na miséria, a culpada por tudo isso.

Oolacile, que era uma terra de renomados feiticeiros e famosa por seus feitiços que mais serviam para auxiliar aqueles que o conjuravam do que para ferir aos inimigos, caíra nas falácias do Espreitador das Trevas.

A Cidade de Oolacile.
A terrível serpente havia dito a eles que se acordassem um humano primordial que vivia nas profundezas do povoado, desencadeariam a escuridão, o que, segundo ele, os daria imenso poder e riquezas. E foi aí que aceitaram a proposta de Kaathe.

Os feiticeiros da cidade procuraram e encontraram tal humano primordial - que muitos acreditam na verdade ser o Pigmeu Furtivo, aquele que detinha a Alma Escura e que fora responsável pela criação da humanidade, além de ser venerado pela serpente Kaathe - e tentaram acordá-lo. Acontece que com ele, o Abismo também acordou.

A Câmara onde foi realizado o Ritual de reviver o Humano Primordial.

E o Abismo, impiedoso, escuro e mortal, engoliu a cidade de Oolacile em pouco tempo. Homens se tornaram monstros. Rios se secaram, e o desespero tomou conta. A criatura que haviam acordado, se tornara Manus, o Pai do Abismo. E quando não mais haviam esperanças, Manus sequestrara a Princesa de Oolacile, Dusk.

Eis que Anor Londo envia para a terra em perdição seu nobre cavaleiro, Artorias. Que ganhou seu título como o Andarilho do Abismo após o contato com as criaturas que lá viviam. Artorias e seu companheiro Sif fizeram seu caminho na funesta cidade, pondo fim à miséria de seus combatentes e chegando enfim até a Câmara do Abismo, onde enfrentaram Manus.

Artorias e seu companheiro Sif.
Reza a lenda que Artorias fora vitorioso, e conseguira destruir a fera, salvando a Princesa. E que após isso, saíra intacto do povoado carregado de honra enquanto tivera seu nome para sempre respeitado. A verdade é que o Andarilho do Abismo, não se tornou nada mais que outro peão das trevas após ser corrompido pelo Abismo. A escuridão tomou conta do Cavaleiro, e ele se viu inapto a continuar.

Artorias, já corrompido pelo Abismo.
Com suas últimas forças, antes de perder toda a sua consciência para a treva, Artorias voltou ao povoado e perseguiu os monstros que os humanos haviam se tornado até seu último suspiro. Eis que se alojou em uma grande arena que havia perto do Povoado de Oolacile. Lá, Artorias se encontrou com um misterioso herói que pôs fim à sua perdição e derrotou a fera do Abismo, salvando a princesa.

Felizmente, embora corrompido pelo escuro, Artorias não havia ferido inocentes e mesmo sendo feito do tal herói, o fim de Manus e o resgate de Dusk foram atribuídos a ele, mantendo toda sua honra e nome intactos. Quanto ao herói, não se sabe de onde veio ou o porquê. Foram tempos tão antigos que nem sequer seu nome é hoje lembrado.

Manus, o Pai do Abismo.
Oolacile era próximo de uma bela floresta conhecida como os Bosques Reais, que nos tempos atuais é o temido e perigoso Jardim Raiznegra. Lar da temida Hidra, e onde o Pacto dos Caçadores da Floresta - dedicados a proteger a tumba de Artorias - está localizado.

Hoje no Jardim também está o Grande Lobo Cinzento Sif, antigo companheiro do Andarilho do Abismo e que hoje, brandindo a espada do amigo, protege sua tumba, e o antigo anel que permitia a Artorias atravessar o abismo.

O Grande Lobo Sif na tumba de seu antigo companheiro.
 Nos dias de hoje, de Oolacile só restam os antigos feitiços de auxílio e de magia negra, que foram criados ao acordarem Manus, além de poucas ruínas em Raiznegra. Mas nos antigos Bosques Reais, vivia uma fera terrível. O Dragão Negro Kalameet. Mas este, é um assunto para outra história.

"O que quer que tu sejas, ficai longe. Em breve, eu serei consumido."